Moradores da região de Sorocaba vão mais a shows e menos ao cinema, aponta pesquisa

  • 10/05/2024
(Foto: Reprodução)
De acordo com a pesquisa da Fundação Seade, 36% dos entrevistados frequetaram sessões de cinema em 2023, enquanto 50% foram a algum show durante o ano. Ao g1, moradores de Sorocaba (SP) apontam o preço do ingresso do cinema como fator que torna às idas menos frequentes. Para morador de Sorocaba, show são experiências únicas e memoráveis Lee Blanchflower/Unsplash Os hábitos culturais sofreram mudanças durante durante a pandemia da Covid-19. É o que aponta um estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), do governo de São Paulo. De acordo com o levantamento, após a pandemia houve aumento no número de pessoas que não frequentam nenhuma atividade cultural durante o ano. A pesquisa apontou que a população participou menos de atividades culturais em 2023, em comparação a 2018. A redução mais significativa ficou para o cinema. 📱 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp A pesquisa ouviu 14.505 pessoas de todo o estado de São Paulo, entre outubro e novembro do ano passado. Na região de Sorocaba (SP), 36% dos entrevistados disseram que frequentaram sessões de cinema em 2023, enquanto 50% dos moradores afirmaram terem ido em algum show, espetáculo de música, teatro, circo ou outras atividades culturais durante o ano. Apenas na cidade de Sorocaba, o número de moradores que frequentou cinema em 2023 corresponde a 47,5% da população, enquanto que 52% foram a shows. Um dado quase não sofreu alteração, segundo a pesquisa, é a quantidade de pessoas que deseja ver mais atividades culturais em sua cidade ou região. Em 2018, 94% dos entrevistados expressaram o desejo por uma programação mais diversificada e abrangente, número que diminuiu para 90% em 2023. Shopping reabre salas de cinema nesta quinta-feira em Sorocaba Shopping Cidade Sorocaba/Divulgação Preferência por shows O Vinícius Camacho Prestes, morador de Sorocaba, fez 18 anos em 2019, poucos meses antes das atividades culturais serem interrompidas por causa da pandemia. Quando a situação normalizou, após o começo da vacinação contra a doença, o jovem decidiu dedicar tempo e dinheiro aos shows de suas bandas prefirdas. "De 2022 pra cá, fui em 16 shows e tenho mais cinco comprados para esse ano. Eu gosto muito, porque eu sinto que nenhuma experiência compara você ouvir o artista que você gosta ao vivo", relata Vinicius. Vinicius Camacho Prestes, morador de Sorocaba (SP), esteve em 16 shows desde 2020 Arquivo Pessoal O jovem diz que costuma investir até R$ 200 em um ingresso de show: "Quando passa disso, eu já acho muito caro, porém, às vezes acabo investindo, principalmente se é um show internacional". Oportunidade para conhecer pessoas Na agenda de Vinicius, as idas ao cinema quase não aparecem. Para o jovem, a experiência de assistir um filme nas telonas está longe de ser emocionante como ir a um show. "Para mim, ir a um show é uma experiência muito mais palpável do que ir ao cinema, porque o show tem toda a preparação antes, você fica ansioso, escolhe roupa, cria grupos, já faz amizades com pessoas que também vão. Já vejo o cinema como uma atividade pronta. Você chega, assiste o filme e vai embora. A experiência é bem mais individual, enquanto o show se torna uma experiência coletiva e ainda te permite conhecer novas pessoas." Fãs ficam até 10 horas em árvores para show da Madonna e comemoram: ‘Deu pra ver tudo!’ E quanto ao preço do ingresso para o cinema, Vinicius afirma que considera justo um valor até R$ 24 na entrada inteira. Vinicius junto de amigos no show do grupo Rebelde, em novembro do ano passado Arquivo Pessoal 'Passeio caro' O casal Marcela Camargo e André Martins, de Sorocaba, também coleciona fotos e memórias de shows que já assistiram. "Nós gostamos muito de ir a shows, teatro e cinema. Mas, vamos a shows com mais frequência por acreditar que, financeiramente, vale mais a pena. Isso por que o show, sempre pode ser uma única e última oportunidade de ver os artistas que nos agradam," conta Marcela. Para eles, o passeio em cinemas se tornou algo caro. "Cinema nos encanta, mas tem se tornado um passeio caro. E com os canais de streaming, podemos assistir o filme em outro momento, quando ficar disponível nos canais. Então, escolhemos bem os filmes que vamos prestigiar no cinema, quase como se fosse um show também." conclui. À esquerda, Marcela e André no show do Roger Waters em 2018. À direita, o casal no show do Paul McCartney em 2019 Arquivo Pessoal Público histórico No sábado (4), Madonna levou cerca de 1,6 milhão de pessoas à Copacabana, no Rio de Janeiro, segundo a Riotur, e se tornou o quinto maior show da história em número de público. Com o número, a apresentação empata com a Love Parede, de 2008, na Alemanha, e com o festival Monsters of Rock, em 1991, em Moscou, na Rússia - ambas também com 1,6 milhão de pessoas. Madonna leva 1,6 milhão de pessoas a Copacabana Fernando Maia/Riotur Incentivo cultural Para a Fundação Seade, promover ações culturais nas cidades do interior é fundamental para atender o desejo da população e preencher uma ausência cultural que pode ser observada por meio dos dados da pesquisa. A frequência às atividades culturais, como visitas ao museus, é significativamente menor no interior quando comparada à Região Metropolitana do Estado de São Paulo (RMSP). Em 2023, 27% da população do interior disse ter visitado museus, em contraste com os 36% registrados na RMSP. "Estes dados mostram a necessidade de investimentos e iniciativas destinadas a ampliar o acesso à cultura nas cidades do interior, para promover uma maior participação e diversificação cultural para toda a comunidade," destacou Maria Laura, coordenadora do estudo. Cinema gratuito Pensando em tornar as idas ao cinema mais acessíveis, o Sesc mantém iniciativas de exibição de filmes gratuitamente ou a preços acessíveis. Toda terça-feira, o projeto Cine Café coloca em cartaz obras cinematográficas para o público. Todas as sessões têm entrada gratuita. A iniciativa existe desde 2010. De acordo com o Sesc, a proposta é proporcionar um momento de encontro para as pessoas assistirem filmes e discutirem o cinema por meio de um ponto de vista não comercial. "Já foram realizadas mostras especiais em que contamos com a presença de diretores, artistas do elenco, produtores e personalidades da cidade de Sorocaba e Região após as sessões. Esses encontros sempre se mostram muito ricos, porque não fica em um tom de palestra ou aula, mas sim uma grande troca de ideias em que o público expõe suas perspectivas", informou o Sesc. Em Sorocaba (SP), cinco shoppings contam com salas de cinema e programação semanal Larissa Pandori/g1 Em cartaz Na próxima terça-feira (14), a partir das 19h, o Sesc Sorocaba exibirá o filme "Uma mulher chamada Thelma", com classificação para maiores de 16 anos. Já no Sesc Jundiaí, na terça-feira estará em cartaz o filme "Hienas", com classificação para maiores de 14 anos. A sessão começa às 20h. Nas duas unidades, a entrada é gratuita e a retirada do ingresso fica disponível uma hora antes da sessão. Sessões de cinema são realizadas toda terça-feira no Sesc Sorocaba e Jundiaí (SP) Divulgação Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2024/05/10/moradores-da-regiao-de-sorocaba-vao-mais-a-shows-e-menos-ao-cinema-aponta-pesquisa.ghtml


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